Graus de pureza nos cosméticos

Se você está sempre buscando informações sobre a indústria dos cosméticos já deve ter ouvido falar dos chamados “graus de pureza”. Mas, afinal, o que isso quer dizer? Fundada em 1820, a U. S. Pharmacopeia (USP) é uma organização científica norte-americana que regulamenta as indústrias farmacêutica, alimentícia e cosmética. Ela estabeleceu os chamados graus USP para todos esses setores. Esses graus vão determinar exatamente o grau de pureza das matérias-primas usadas.

    Na indústria farmacêutica, o grau USP significa que a substância tem que estar pura o suficiente para não causar efeitos indesejados ou problemas na ingestão. Já na indústria alimentícia, o grau USP assegura que os insumos estejam livres de impurezas físicas, químicas ou biológicas.

    Na indústria da beleza, o grau USP atesta que a matéria-prima tem que ser pura para ser efetiva, sem causar nenhum efeito indesejado. As substâncias que levam o rótulo USP têm um grau de pureza que chega a quase 100%, o que significa que o grau de contaminação ou de resíduos de outras substâncias que, eventualmente, poderiam estar presentes é nulo, ou quase nulo.

São produtos mais caros e utilizados em situações onde o grau de pureza é imprescindível. Assim, um cosmético que tenha um grau de pureza classificado sempre é uma garantia de um produto mais seguro e eficaz.

Estima-se que a indústria dos cosméticos use em média cerca de 8 mil substâncias como matérias-primas, entre elas glicerina, o álcool, vários tipos de água, óleos etc. Todas essas substâncias têm o seu grau USP atestado e, muitas delas, quando entram na composição dos produtos em alta e média concentração, fazem com que a eficácia deles seja bem maior.

Assim, se você costuma ler as embalagens e rótulos de produtos de beleza, veja se o grau USP é uma destas informações. Nos Estados Unidos, a adoção dos graus USP é uma preconização da FDA (Food and Drug Administration) e, aqui no Brasil, da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).